O setor produtivo de água mineral do Rio Grande do Norte contará, a partir deste mês de
maio, com uma programação de cursos de qualificação profissional. O primeiro deles será
focado na atuação dos representantes técnicos, conhecidos como RT’s, ministrado pela
bioquímica e sanitarista Petra Sanchez, da Associação Brasileira das Indústrias de Água
Mineral (ABINAM). O objetivo é promover melhoria nos processos da produção da água
mineral natural potiguar. O Workshop é promovido pelo Sindicato das Águas Minerais e
Bebidas em Geral do RN (Sicramirn) e ocorrerá nos dias 5, 6, 12 e 13 de maio.
Os novos padrões microbiológicos são um dos temas abordados no curso, atualizados em
23 de dezembro de 2020. Dentre as mudanças para o setor de água envasada, se
destacam o aumento do volume das amostras para análise de 100 mL para 250 mL e a não
tolerância aos microorganismos considerados indicadores de contaminação em águas
minerais. total de 850 mL pq são cinco parâmetros
Segundo Petra Sanchez, doutora em Microbiologia pela Universidade de São Paulo (USP) –
também especialista em saúde pública, professora na Universidade Presbiteriana
Mackenzie e autora de vários livros na área ambiental -, estes novos parâmetros de
qualidade vão requerer das empresas um controle interno ainda maior, para que se
mantenha a qualidade do produto nos padrões em que a indústria liberou, em toda a cadeia
produtiva, até chegar ao consumidor.
Para Roberto Serquiz, presidente do Sicramirn, o consumidor é o principal beneficiado ao
contar com uma indústria qualificada. “O setor da água mineral e seu sindicato estão
oferecendo esse trabalho de profissionalização e capacitação permanente, em busca de
uma melhoria contínua. É um trabalho que estamos iniciando a partir dos responsáveis
internos, aqueles que estão no chão de fábrica e respondem pela qualidade do processo. E
isso vai se estender também por toda a cadeia, pois é necessário também que este produto,
ao ser transportado e armazenado, garanta a qualidade da forma como sai da indústria. É
todo um trabalho que vem sendo desenvolvido na busca por manter a confiança depositada
no produto água mineral apresentada pelo consumidor”, destaca.
Consumidor deve estar atento às boas práticas
Se as empresas de água mineral natural estão buscando cada vez mais garantir a
qualidade em seus processos, em contrapartida, os consumidores podem também atuar na
fiscalização. “É uma responsabilidade de toda a cadeia produtiva que inicia na indústria,
passa pelo distribuidor, e vai até a ponta, que é o consumidor final”, explica a bioquímica
Petra Sanchez.
Algumas das orientações para o consumidor são: sempre conferir o rótulo, verificar a data
de validade da água e do vasilhame, se certificar das condições externas do lacre, conferir
se o garrafão está vazando. “Na hora da compra é importante saber se o local de
armazenamento do produto é seco, longe de produtos de limpeza. Por exemplo, em um

posto de combustível, um garrafão não pode estar próximo à bomba de gasolina, pois é um
ambiente contaminado”, alerta. A sanitarista complementa que em casa os cuidados
continuam desde a forma de limpar e abrir o garrafão, até como o recipiente ficará instalado.